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quarta-feira, abril 22, 2009

La vida és una tombola...

Após ter feita a 1ª parte do preenchimento do formulário para um dos mercados de serviços de tradução («Juriste-Linguiste») para as instituições europeias, o que não é pêra-doce, isso garanto, comecei a pensar que já tinha 33 anos. Não que não pense, EU SEI, EU TENHO CONSCIÊNCIA que tenho 33 anos. É que pensei no que me resta a viver. Não num ponto de vista fatalista, mas sim: «Caneco! isto está a passar! tenho tantas coisas que eu gostava de fazer! Essa vida não vai durar sempre».
E decorrendo desse pensamento transcendental, pensei outra vez no medo, nas convenções sociais. E cheguei a uma conclusão, que para alguns, será lógica e limpida (uma verdade de La Palisse?), mas para mim, é como comer um gelado no mês de Dezembro: não vale a pena preocupar-se muito com os outros;temos que fazer o que nos dá mesmo prazer fazer, porque, logo logo, já não vai ser possivel.
Caramba, e após essa conclusão gloriosa, ouço na rádio esta musica do Manu Chao...

terça-feira, março 17, 2009

Incongruências de uma vida insípida...

crise nevrálgica desde domingo à noite... stop...nem dormir consigo... stop... mas preciso trabalhar... stop... *erda!...stop

segunda-feira, março 09, 2009

Nightmare de uma noite de sabado...

Sonhei que estava de novo na faculdade, em França, mas não sabia em que curso, sabia que estava inscrita em qualquer coisa, mas desconhecia completamente o meu horário ou as cadeiras... Entretanto, na minha aflição, vejo uma amiga do liceu, Sylvie B. - que sempre achei muito enigmática, na vida real - e pergunto-lhe se sabe se frequento as aulas (aulas de quê??). com ela. Responde-me que não sabe nada de mim e continua com o grupo de amigos dela.
Estou tão aflita! tão perdida!
Resolvo ligar à I., a minha melhor amiga da altura liceu - essa minha amiga era o cumulo da desorganização, faltava muito às aulas,e até chegava a informá-la dos deveres e prazos que tínhamos - para lhe perguntar se ela sabia de alguma coisa, ao qual ela responde-me que não sabe de nada a meu propósito.
Acordo com a boca seca, completamente transtornada.
Penso conhecer o significado disso tudo.

segunda-feira, novembro 10, 2008

OBJECTIVOS DE VIDA...




A minha irmã desafiou-me a por no papel os meus objectivos de vida... concretos... e relacioná-los com tarefas anuais, mensais e semanais.


Acreditem que para quem anda um pouco ao sabor do vento (não estou aqui a referir-me a principios de vida, mas sim aos objectivos), isso afigurou-se no mínimo complicadíssimo, e no seu culminar, assustador.




Afinal o que quero da vida?


A nivel profissional? pessoal?


Afinal tenho 33 anos... Pode ser de uma estupidez sem tamanho para certos, mas só me lembro que é a idade de Cristo quando foi crucificado...Terá isso alguma influência no meu subconsciente?


Já passaram quase 2 semanas sobre o desafio, e parece que a caneta e o teclado do computador me queimam quando me inclino para a redacção e planeamento desses objectivos.


Acabo por ser o que mais ABOBINO nas pessoas: medrosa, entalada, preguiçosa, estagnada, resignada...


Mas sou persistente.



segunda-feira, abril 23, 2007

DIA VERY NÃO...


Há dias que me levanto, e já estou mal disposta. Hoje é um dia destes. Por acaso, é segunda-feira... mas é só por acaso, poderia ser uma quarta ou mesmo uma sexta. Claro que, raramente me acontece tal fenómeno aos sabados. Ah! benditos sabados! São maravilhosos, majestuosos, esperançosos... LINDOS!

Pois sim. Hoje só quero que o dia acabe, e depressa. Dei por mim no carro, a achar que é muito mal pensar assim, porque tenho que considerar que é um dia a menos na minha vida. Porra! Coisa mais sem lógica! Como se pode desejar que um dia acabe o mais depressa possivel, e querer da mesma forma viver o mais tempo possivel?! "Perder" um dia de vida?!

De facto, temos muito essa reacção, porque inconscientemente achamos que vamos viver ainda milhares e milhares de dias. Grande pretensão. É nesse momento que queremos nos substituir a Deus, porque estamos convencidos que somos poderosos, mestres da nossa vida, e quase-imortais (uns deuses??)

Claro que temos escolhas para fazer, e podemos escolher o nosso rumo... em geral... porque depois, outros vectores entram em conta, e "UPS! COMO È QUE ISSO È POSSIVEL TER ACONTECIDO?"


-Como é possivel eu ter virado advogada?

-Como é possivel ter vindo para a uma vila da provincia profunda ... de PORTUGAL??!

-Como é possivel eu já não gostar de manga?

-Como é possivel G.W Bush ser presidente dos USA?

-Como é possivel ter mais de 1,2 milhão de franceses expatriados no mundo?

-Como é possivel eu não ter podido ir votar ontem no Consulado francês no Porto?

-Como é possivel não saber ler?

-Como é possivel ....?


...


Há dias em que acordo e gostaria de apagar o dia da minha vida.

sexta-feira, abril 06, 2007

UNIVERSALIDADES...

Ouço esse tema dos Orishas & Compay Segundo, e paro para pensar... parei a minha leitura... a minha conversa...
Que saudades tenho da minha terra! Que aperto! Numerosas lembranças chegam e lutam entre elas... isso, aquilo, acol'outro... fogo! Que merda!

"(...)Olvidé mí corazón, un arroyo y un palmar
Dejé mí patria querida(...)"

Como uma música de cubanos semi-rappers me pôs neste estado?!...
Está um lindo dia, estou com os meus mais queridos, mas mesmo assim, não consigo parar de pensar nela.
Há mais de dois anos que já não volto lá. E eu que disse que a minha "aventura lusa" só duraria um anito... sim, o tempo de conhecer melhor o país, as festas académicas, e o doce farniente.

"(...)Por más que me lo propongo
Mí herida no cerrará(...)"

Deixei-me estar mais 7 anos, mesmo que, conscientemente, nunca me sentisse em casa. Nunca.
Enfim, será sempre o dilema do emigrante... parece sina de familia.

terça-feira, abril 03, 2007

FRASE DO DIA...

«I understand. You found paradise in America, had a good trade, made a good living. The police protected you; and there were courts of law.
And you didn't need a friend of me.
But uh, now you come to me and you say -- "Don Corleone give me justice." --
But you don't ask with respect.
You don't offer friendship.
You don't even think to call me Godfather.
Instead, you come into my house on the day my daughter is to be married, and you uh ask me to do murder, for money. » - VITO CORLEONE


« I ask you for justice» - BONASERA

segunda-feira, março 19, 2007

MÚSICA DA SEMANA... (porque não tenho tempo pra mais hoje, nem amanhã)




Umas das músicas que se adapta MA-RA-VI-LHO-SA-MENTE bem à minha condição...
Nunca a perco de vista!

terça-feira, fevereiro 27, 2007

QUESTION EXISTENTIELLE...

Le penseur - A. Rodin

Qual é o meu desígnio na vida? O que faço aqui? Terei algum destino para cumprir? Nasci com alguma tarefa marcada?

Ás vezes paro, e questiono-me sobre a minha existência.



1. Versão existencialista:

Estou cá por acaso. Nasci do encontro ocasional de um espermatozoide e de um óvulo. Sou um ser humano de 31 anos de idade, que por razões sociais e políticas nasceu em França e por lá estudou, escolhendo por um mero acaso o curso de Direito, em Paris. Por simples vontade de mudanças de ares, também estudei em Coimbra. Conheci por encontro involuntário o meu marido.



2. Versão marxista:

Sou produto do proletariado, e estudei para servi-lo, sendo solidária, desprezando o grande kapital, e trabalhando para o bem público: o Estado. Realizei por instrumento público, o meu casamento, no sentido de procriar e fornecer, desta forma, ao Estado, outros trabalhadores para a grande Nação.



3. Versão liberal:

Nasci de dois imigrantes em França. Com trabalho árduo e frutuoso, os meus pais incentivaram-me a estudar numa das melhores faculdades de Direito de França. A minha mãe obrigou-me a frequentar um Conservatoire de Musique, para aprender piano, durante uns 12 anos. Da minha vontade, esforço e do meu mérito, consegui uma Maitrise en Droit, e um Master. Convivi com as elites.

Quis aventurar-me em Portugal. Conheci, durante a minha estadia na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, quem viria a ser o meu marido, atraente, engenheiro, culto, e de boas famílias.



4. Versão Cristã

Nasci de dois católicos, em França, sendo a mãe uma devota de Nossa Sr.ª de Fátima. Deus sempre me ajudou nas minhas escolhas, e percebi inumeras vezes que Ele estava a apontar-me para um caminho. Escolhi o curso de Direito, inconscientemente, mas no decurso dos estudos, percebi indubitavelmente que era o curso da minha vida. Com o cruzar de outras pessoas e de vivências decidi voltar às raízes da minha existência, e encontrar-me comigo própria. Quando resolvia partir de Coimbra, encontrei a minha alma gémea. Casamos passado 5 anos, na igreja de Santa Eulália, em Caminha.







...







Suite, aux les prochains épisodes...




terça-feira, fevereiro 13, 2007

SOBRE A SENSIBILIDADE: CARTA ABERTA AO JG

"...E confesso que as mulheres com mais sensibilidade, humana e artisticamente falando, gostam e usam poesia. Das que conheço" JG

...


Gosto de poesia. Sim.
No entanto, sou uma mulher sem sensibilidade por alí além, daquelas que quando se passa por elas, se diz que são autênticas brutamontes. Duras essas minhas palavras! Mas infelizmente tão verdadeiras.
Deixei essa sensibilidade (nem sei se alguma vez a tive) à porta dos meus 30 anos. Ou terá sido antes?
A prática levou-me a deixar de lado essa faculdade de sentir, se assim posso dizer, e encarar uma grande parte da minha vida de um ponto de vista mercantil. E então sim, o “vil metal” acerbe; posso garantir.
Afigura-se, caro Jg, que em tempos até altruísta fui! Belos tempos! Tempos em que poemas de Baudelaire e de Rimbaud faziam parte do meu dia-a-dia, em que levantar-me todos os dias não me custava nada (nem um tostão!), em que uma insustentável leveza fazia parte do meu ser [que saudades de Kundera…]. Enfim, momentos estes que findaram, e foram arrumados no fundinho de um recanto da minha memória.
Houve tempo ainda, em que me pasmava com sonhos de artista. Idealizava eu, do alto dos meus 17 aninhos que deveria encontrar a minha vocação nas Artes!
Quanta quimera!
Acabei (será?) nesta minha profissão, um pouco “por- acaso-mas-sem-sê-lo-totalmente”, e ainda me horrorizo todos os dias que Deus faz, com a pequenez e estreiteza de espírito das pessoas com quem lido, diariamente. Será sinal de esperança ou desespero? Não sei. Contudo, neste caso, apostava no desespero.

Por isso vos digo, caro Jg, essa sua teoria tem pelo menos uma excepção.