quinta-feira, março 26, 2009

Terrible!...

Estou desde as 13h35 para formalizar uma queixa-crime por burla e são actualmente 16h00, e nem fiz metade.
Estou a ficar burra e lenta.
E desinteressada.
E farta.
E desiludida.



(e merda!)

segunda-feira, março 23, 2009

Musica um início de semana........



Vi o filme de David Lynch pela 1ª vez, devia ter uns 13 anos. Não percebi grande coisa, somente que me tinha apaixonado loucamente pelo actor principal Kyle MacLachlan, daquelas paixões adolescentes desmesuradas que nos fazem viver no mundo da fantasia e que nos deixavam corados só de mencionar o nome «daquela pessoa».
Desse tempo, só me resta a a paixão pelo «polar (bien) noir», um género de filme ou de romance negro do tipo policial ou de suspense. Engraçado como nem tudo se pode traduzir.

quarta-feira, março 18, 2009

Colonna: suite...


Está a acontecer em França um dos processos mais estranhos e dúbios em termos de direitos fundamentais, que alguma vez vi.

Resumo:

Yvan Colonna foi condenado à prisão perpétua, em 1ª instância pelo homicídio voluntário do equivalente (cá em Portugal) do Governador Civil em posto na Córsega.

A decisão do colectivo de juízes fundou-se única e exclusivamente no depoimento e confissões respectivamente de algumas testemunhas (esposas e ex-esposas de arguidos) e dos outros arguidos (entretanto condenados). Não existem nem nunca existiram provas materiais. Mais, as testemunhas no local do crime, nunca reconheceram Colonna como sendo o atirador - foi reconhecido como o autor material do crime, aquele que atirou 3 balas na cabeça do Préfet Erignac pela instrução -. Pior, uma das testemunhas no local do crime sempre afirmou que a pessoa q viu atirar no préfet, não era Colonna, mas uma pessoa cuja fisionomia nunca se ira esquecer.

Os 3 advogados de Colonna recorreram da sentença e a Cour d'Assises voltou a reunir-se.

Contudo, desde o início dos debates, um clima de desconfiança paira relativamente ao juiz que preside a instância. De facto mentiu descarradamente afirmando que desconhecia que havia outros suspeitos do crime que nunca tinham sido inquiridos - ou inquietados - sendo que um responsável da segurança interna em França veio formalmente depor em alto e bom som na audiência, que tinha enviado uma carta ao mesmo juiz notificando-o de tais informações. Não falando do sarcasmo contínuo que esse mesmo juiz utiliza perante Colonna e os seus advogados...

O pior aconteceu a semana passada, quando Colonna, após ter tido a informação que o seu pedido de reconstituição da cena do crime ter sido recusado por não haver novos elementos para nova instrução. Colonna simplesmente ergueu-se do box, e declarou que recusava os seus advogados - um meio em França de recusar toda e qualquer defesa - e que não assistia mais aos debates da Cour d'Assises. Os 3 advogados seguiram-no também, recusando a defesa do arguido por solidariedade ao mesmo.


Audiência suspensa.


Ao contrário do que se estava à espera, os debates voltaram o dia seguinte com a audição de testemunhas que na fase da instrução tinham afirmado que Colonna fazia parte do grupo mas que meses depois, retractaram-se - as tais esposas dos outros condenados-.

A testemunhas recusam-se a testemunhar.

Quid Juris?


A jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos autoriza o prosseguimento dos debates, se a saída do arguido não for devida ao próprio tribunal que está a julgar ou ao Ministério Público.

No entanto, isso não deixa de me chocar: qual será o valor da veredicto? Qual é a credibilidade dos debates?

terça-feira, março 17, 2009

Pior ainda...




Exposição no Grand Palais em Paris de mais de 300 obras de pop art de Andy Warhol.




(eu não posso ir...)

Incongruências de uma vida insípida...

crise nevrálgica desde domingo à noite... stop...nem dormir consigo... stop... mas preciso trabalhar... stop... *erda!...stop

segunda-feira, março 09, 2009

A fóto que mais me comoveu estes ultimos meses...

desconheço o autor, sei que foi retirado de um vídeo.

Nightmare de uma noite de sabado...

Sonhei que estava de novo na faculdade, em França, mas não sabia em que curso, sabia que estava inscrita em qualquer coisa, mas desconhecia completamente o meu horário ou as cadeiras... Entretanto, na minha aflição, vejo uma amiga do liceu, Sylvie B. - que sempre achei muito enigmática, na vida real - e pergunto-lhe se sabe se frequento as aulas (aulas de quê??). com ela. Responde-me que não sabe nada de mim e continua com o grupo de amigos dela.
Estou tão aflita! tão perdida!
Resolvo ligar à I., a minha melhor amiga da altura liceu - essa minha amiga era o cumulo da desorganização, faltava muito às aulas,e até chegava a informá-la dos deveres e prazos que tínhamos - para lhe perguntar se ela sabia de alguma coisa, ao qual ela responde-me que não sabe de nada a meu propósito.
Acordo com a boca seca, completamente transtornada.
Penso conhecer o significado disso tudo.

sábado, março 07, 2009

Num café à beira rio Lima...

Phèdre - Alexandre Cabanel


Penso que não há cidade (?) mais descaradamente enfadonha do que Viana do Castelo... Credo!... Das esplanadas, até às pessoas, passando pelo rio... isto é tudo uma tremenda seca.

[Sei, que neste ponto, vou ter meio-mundo extremista fã desta cidade idosa a organizar-se para fazer-me uma macumba, mas era o meu dever]


Ainda bem que tenho a minha cara-metade et Racine (re-leitura de Phèdre.. após tantos anos, nem parece a mesma obra que vi nos palcos! Como mudei!), como companhia.


quarta-feira, março 04, 2009

Yvan Colonna e a presunção de inocência...

Apaixonei-me já o ano passado por esta novela judiciária, em França:
http://www.lefigaro.fr/proces-colonna/index.php
Do que li, tanto na primeira instância, como agora no recurso, parece que não dúvida que esse processo será um case study, tanto para magistrados, policias como para advogados.
Se lá estivesse, não perdia uma sessão...

Odio de pouca estimação...

Há uma coisa que me irrita mas que me esqueço sempre de referir aqui: não suporto os comentários do António Vitorino no «Notas Soltas» ... ele não é politicamente correcto, é o PROF. DOUTOR POLITICAMENTE CORRECTO! na segunda-feira passada, ao responder às questões da Judite Sousa, até me deu tonturas! Só que decidi ir até ao fim, isto é, ver o programa d até ao finzinho para ver até onde este homem conseguia ir na sua cara de pau e no «Não-Vou-Dizer-Mal-do-Secretário-Geral-do-PS-Porque-Sou-do-Mesmo -Partido» (sou sadomasoquista, por vezes, nem sei bem explicar porquê... )
Caramba! Quase vomitava com tanto mel!!! e chamam isso, um programa de opinião!
Acho que fiquei pior ao ouví-lo do que após ouvir o discurso do Socrates. E eu que até tinha boa impressão dele: lembro-me de uma palestra que deu na minha faculdade, ainda em França.
Faço delete de tudo o que alguma vez pensei de bem dele.
Já está.