quinta-feira, março 29, 2007

HOW?...


Apercebi-me hoje, que deixei passar um prazo processual em Novembro...

Estou completamente arrasada. Nem sei como foi possivel. Li e reli 2 ou 3 vezes os documentos à espera de uma vã escapatória...ainda incrédula.

Nem sei muito menos como vou anunciar isto à minha constituinte.

Automaticamente, a minha ulcera já faz das dela, quase nem consigo comer.


Teria uma lista enorme de desculpas mais ou menos razoáveis, tais como:


  1. "Na altura estava em pleno preparativos do meu casamento, andava doida"

  2. "A minha constituinte não me aparecia muitas vezes, era uma oficiosa"

  3. "O processo foi em parte arquivado, daí a minha confusão"

...


...


...


Vergonha.


Incredulidade.

terça-feira, março 27, 2007

EL LABERINTO DEL FAUNO...


Este último fim-de-semana, fomos ao cinema, como sempre. Digo como sempre, porque até agora, a não ser uma excepção ou outra, nenhum filme nos "satisfez".

Mas o Labinrinto del Fauno, é no sentido próprio, como figurado, um filme fantástico! É ao mesmo tempo invulgar, e familiar... talvez por causa daquele aspecto da nossa infância já longíqua... esquecemo-nos dos nossos terrores, sonhos, ilusões e aventuras infantis que tinhamos com os olhos bem abertos!

A não ser 2 ou 3 aspectos ligeiramente previsiveis no filme, o resto é genial: a história, os actores, a fotografia...tudo!

Sei que ganhou o prémio principal do Fantasporto e 3 Oscars... ainda bem.

Teve o mérito também de me lembrar vagamente a minha linda infância.

segunda-feira, março 19, 2007

MÚSICA DA SEMANA... (porque não tenho tempo pra mais hoje, nem amanhã)




Umas das músicas que se adapta MA-RA-VI-LHO-SA-MENTE bem à minha condição...
Nunca a perco de vista!

quarta-feira, março 07, 2007

LIÇÃO INESQUECÍVEL N.º 4...


A blond in a red dress can do without introductions - but not without a bodyguard.

Rona Jaffe

NÃO HÁ PALAVRAS...


I found Rome a city of bricks and left it a city of marble
Imperador Augustus

terça-feira, março 06, 2007

ASSUMIR...


Uma coisa que vem a meter-me os cabelos de pé há algum tempo é ler isso:

"Advogado m/f" ou " A Juiz", ou "Exmo (a) Senhor (a)"... etc.


Porque razão a mulher vem SEMPRE em segundo lugar? Porquê que temos que AINDA arcar com a misoginia mas escondida, mas na mesma, misoginia? Porque temos ainda pensar quando ter os nossos filhos? Ou então por que razão as nossas sociedades formam autênticas castradas? Porque somos sempre a escolha por omissão? As mães deles também não pariram na mesma? Estarão eles neste mundo GRAÇAS a elas, ou não? Por que razão uma profissão que acaba por ter mais elementos femininos é menos prestigiada (o caso das professoras por exemplo, e agora das advogadas)?


Ontem um juiz virou-se para mim, no fim de uma leitura de sentença, e querendo talvez ter alguma graça, disse: "A dr.a tem aqui um pequeno erro no seu requerimento que até me deixou pensativo. Pois, começou-o com «ExmA (o) Senhora ou Senhor...". Hehehe, dava-lhe menos trabalho a forma tradicional..."

Retorqui com um sorriso amarelo que não tinha particular gosto pela tradição misógina deste país, portanto continuaria a escrever os meus requerimentos, petições e quanto mais, dessa forma. E não é que a delegada do Ministério Público pasmou-se, riu-se e disse-me que isso fazia todo o sentido.

Estou farta de fazer de conta que está tudo bem, que até estamos a ser bem tratadas, que afinal a nossa sociedade (tão) ocidental está a "fazer esforços" (afinal o que isso é?... somos umas doentes que temos que ter protecção?) para o tratamento igualitário. Qual protecção qual quê?! Os homenzinhos (e aqui friso que não falo dos homens) continuam a desprezar-nos e a manter-nos sob jugo.

Nunca fui a favor da paridade na Assembleia da Republica. Nunca.

Até hoje.

A minha justificação quando não era favorável era precisamente que deviamos conseguir os nossos lugares com mérito, e não por simples necessidade de preencimento de estatísticas; e que se acontecesse, acabaria por nos trazer uma dose de desprezo, e voltaria-se o feitiço contra o feiticeiro.

No entanto, hoje, penso rigorosamente o contrário. Esta sociedade precisa de um abanão... não, de um tsunami cultural!Por vezes, são necessárias medidas drásticas para ter algum resquício de mudança positiva nas mentalidades. Precisamos de desigualdade, mas desta vez, ao nosso favor.

Temos que ficar no poder, ou pelo menos partilhá-lo para mudar as coisas, porque afinal, os deputados que temos, até nem grande mérito tem, e o desprezo, à partida, já o levamos colado à pele. De qualquer forma, tivemos sempre mais mérito do que a maior parte dos nossos colegas machos ao longo da vida, nos passos que demos. Engraçado, ultimamente, tenho ouvido muito: "oh?! casaste?! wow! tens coragem! Olha que a vida ser-te-ia mais fácil se não tivesses casado". Costumo responder que o problema é mais para o meu marido.

Com isto tudo não quero parecer uma feminista radical (sim... daquelas que não querem usar soutien...e ainda bem que elas existem!), mas gostava que a maioria dos homens se parecessem com o meu marido ou o meu pai. Pois, eles acreditam como eu na individualidade de cada pessoa, não na diferenciação por causa do género.

segunda-feira, março 05, 2007

MUSICA DA SEMANA...

Regresso de fim-de-semana - A1 - Sentido Sul/Norte - 21h -:


sexta-feira, março 02, 2007

quinta-feira, março 01, 2007

HÁ QUEM QUEIRA PERDER-SE...


(PRIVATE JOKE - MIFÁ...)