segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Hoje, pela tarde, presenciei um episódio hilariante para quem estava a assistir, e no mínimo dramático-ridiculo para os protagonistas.

A cena decorreu na sala de audiências com 3 advogados (estava a ler uns documentos de pé, um pouquinho retirada, à porta da sala), um senhor de meia-idade, e uma miúda de pr'aí 19/20 anos, toda cheia de nove horas. Todo esse mundinho à espera do juíz do Colectivo.

O advogado com ar de emproado levanta-se, segue atrás a pita de 20 anos, e dirige-se ao outro advogado do outro lado da sala:
- "Olá caro Colega, queria apresentar-me, eu sou o XPTO, advogado na comarca de Z, e também queria apresentar-lhe a minha filha P, que quer ser advogada com toda a força. Quer seguir os passos do paizinho. Sabe que já na Primária, ela lia as minhas petições e dava alguns palpites?! Pois é! E ainda por mais, ela até tinha média para entrar em medicina, mas não quis! Recusou-se entrar em medicina!"

A dita cuja não dizia absolutamente nada, limitava-se a sorrir estupidamente.
Escusado dizer que o outro advogado, coitado, já nem sabia o que havia de responder.
Tanto que a conversa de tão vazia, esgotou-se e desajeitadamente, o advogado gingão e a filha aspirante a advogada regressaram à bancada onde se tinham instalado.
O Juiz mal chega, e repete-se a cena desprezível do "a minha filha aquilo e acol'outro".

Pior ainda: porque, evidentemente tinha que me sentar na bancada dos advogados, ié onde a coitada estava sentada com o progenitor, e como já não havia lugar livre para mim, o pai teve de lhe pedir para me ceder o lugar.
A parvinha levantou-se e sentou-se nos bancos reservados ao público... à plebe.
O paizinho sofreu, ela, teve dificuldades em levantar-se... Ele odiou-me, ela esteve quase para chorar.
Credo, faço cada uma...

1 comentário:

jg disse...

Sua malvada!!!
Depois queixa-se da nevralgia facial...