Bored...

O que há de mais enfadonho que uma segunda-feira de manhã, solitária, chuvosa, num final de mês de Julho, em que não se quer fazer "aquilo" que se deixou para esta época do ano?

Absolutamente nada.

Só me apetece fugir.

PAROLES, PAROLES...

Como eu gosto desta canção: lembra-me a minha infância linda MARAVILHOSA!!! Quando estreou, ainda não era nascida, mas o sucesso foi de tal ordem que me lembro dela ao longo da minha infância. Dalida e Alain Delon também eram personagens essenciais nessa época! Ainda ouço o «Parolé, paroléée, paroooolééééé» cheio de um sotaque do sul, do Magreb, a entoar.no meu ouvido... Um pouco kitsh com certeza, mas só de pensar nas lembranças que essa canção me trás!
Como eu fui feliz! Recordo-me das minhas unhas cheias de terra do jardim (enorme) da patroa da minha mãe, da cozinha dessa casa, onde a minha mãe passava a maior parte do tempo, do perfume da minha mãe, do meu amigo de infância, amigo de todas as aventuras e historias de piratas ou Tarzans e Jane ou ainda de Goldorak/Albator, da arvore das framboesas que acabava por nunca ter frutos suficientes para a minha mãe fazer confiture porque comíamo-las todas. Lembro-me dos vizinhos italianos e dos concursos de lançamento de cuspe pelo muro meeiro, dos bonbons, chocolates e leite condensado que furtávamos da dispensa, dos fantasmas que viviam nas águas furtadas da mesma casa...
Considero-me cheia de sorte, claro. E se hoje sou uma pessoa feliz, é porque a minha infância foi um conto de fadas.

FOR THE WEEK END...

"(...)The enigmatic Mr J makes it his business to confound categorization, and with debut album/mission statement "Disastro" out on June 16, "Handsfree" is further kaleidoscopic proof that it is shaping up to be one of the defining albums of the year; a record sure to have the festivals rocking and the pigeon-holers scratching their heads(...)"







ouvir também «Enfant Terrible»: http://www.youtube.com/watch?v=7gdIvC86tdk

«LE FEU COUVERT EST LE PLUS ARDENT» Ovide ..

Nem sei por onde começar... estes dias foram tão preenchidos que admito ter-me arrastado, sem tempo para nada.

O melhor nisso tudo, foi perceber que ainda tenho recantos de mim, que não conhecia...

aos 32 anos...

E mudei. Mesmo. Não posso afirmar que seja nessas ultimas 3 semanas, mas mudei.

Aprendi que afinal não sei menos do que "aquele" colega que parece que sabe tudo, descobri que posso deixar (muito) nervoso um sargento da GNR, que posso passar em directo na TV sem ter as mãos a transpirarem nem a voz a quebrar-se, que se quiser até posso usar saltos altissimos sem ter aquela vozinha interior que me repete invariavelmente "já és alta, vais parecer o quê?", e que, ainda, não tenho que desistir dos meus sonhos, sejam eles malucos aos olhos da plebe.