Não quero ser mais advogada.
Pronto.
Não quero.
Não presta.
Não gosto.
Quero mudar de vida. Ou pelo menos, ter um objectivo que não seja andar o dia todo com requerimentos para trás e para a frente, a escrever frases feitas.
Tive esse "clic" (aquele barulhinho que se ouve ao rodar uma chave na fechadura) hoje ao ler a resposta de um juíz ao meu requerimento para fixação de honorários oficiosos.
É que já não basta trabalhar-nos quase de borla para o Estado, empenhar-nos como se fosse um cliente "normal", sermos pagos com um ano de atraso, mas não ... isso não basta... o coitado do juíz em questão (digo coitado, porque a vida dele deve cingir-se a isso: encontrar um meio... uma graça na vida dele, com respostas , qual estupidas, qual descabidas... não... sem utilidade tout court) respondeu-me que a apresentação do meu requerimento devia ser um lapso visto que tinha apresentado uma procuração da minha constituinte (isso implicaria o pagamento dos honorários pela tal senhora, directamente... a senhora não tem meios de subsistência...).
Eu explico: ele já sabe e tem prova documental no processo que a tal constituinte beneficia do dito apoio judiciário para (e passo a citar) instaurar processo e pagamento de honorários de advogado. Eu juntei (e ele sabe) procuração porque no decurso da inquirição pelo Ministério Público, o empregado pediu-me (faz isso sempre, e com qualquer advogado) uma procuração AINDA QUE EXISTISSE A NOMEAÇÃO DA ORDEM E OS PAPEIS A DIZER QUE SE TINHA QUE NOMEAR UM ADVOGADO.
Nem sei como hei-de qualificar a atitude desse coitado. Tenho pena.
E estou a atingir o ponto de saturação.
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2 comentários:
até tem a sua piada, falar sempre cheia de tricos e de trecos!
o filtro solar não funciona neste caso de saturação?
não... aqui o que se aplica é: "tome bastante cálcio" (p.40)
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