sexta-feira, setembro 25, 2009

De como a vida nos prega partidas...

Eu disse que nunca faria isso: JAMAIS! mas fiz...
Inscrevi-me num ginásio.

Costumava gozar e rir-me daqueles parolaços dos ginásios que se queriam assim entregues à uma suposta civilização superior e desenvolvida, isto é para não dizer: «na moda!» (credo, há cada expressão mais reles...).


Sim estou a falar dos ginásios. Sim, estou a referir-me a correr num tapete rolante ou numa bicicleta estática, e ficar no mesmo sítio. Eu, antes, era lindamente lógica e independente (para não dizer WILD!): corria os meus 3 kms frente ao ar livre, dia sim, dia não, praticava natação ou karaté. E comia. Comia bem: em qualidade e em quantidade.
Agora, sou feia, gorda, acabrunhada e rendida por obrigação ao tapete rolante, à maquina elíptica, e à aeróbica (que nojo).
O que me vale é que ainda tenho alguma «faísca» de reacção no meu cérebro, e que este não pode ficar sem «fazer nada» durante a hora e meia em que dura a tortura.
Então, estava eu a «passear» na maquina elíptica, quando entra, uma Sr.a dos seus 50 anos, toda espremida no seu legging e shirt colados ao corpo, cheia de cores vivas. Nem um olhar para o lado onde me encontrava. Desprezo. Claro, não sou a Mulher Típica do Ginásio (MTG): visto umas calças de fato de treino pretas (e largas), e uma tee-shirt velha dos tempos do
carro de Jornalismo do 4º ano da minha irmã. Está claro: só mereço desprezo das MTG! Continuo a «andar» na elíptica e a ouvir «SEND HIM AWAY» dos Franz Ferdinand... Decido reparar melhor na Sr.a Espremida: depois de 10 minutos de elíptica, ela já não consegue disfarçar não os 50 anos, mas os 57 ou 58 anos dela; as rugas pronunciam-se, o creme funde, o peito está caindo vertiginosamente. Estou a ser cruel observando-a. Mas não tenho mais nada para fazer (e ela está a pedi-las! ahahah)
Tenho mais para contar: há mais personagens.
Fica para a próxima.

1 comentário:

M disse...

Concordo! Concordo!
Eu para não me aborrecer de morte levo sempre um livrinho... que muita curiosidade traz àquela gentinha! (devem pensar que os livros servem de decoração nas prateleiras)