«(...) Na realidade, o seu repúdio era mais visceral e devia-se à ausência patente, por parte da cantora, do sentido do limite histórico e à sua obstinação em aferrar-se, contra ventos, marés, lógica, tempo e sentido do grotesco, a uma proeminência que já não tinha cabimento e que, de há vinte anos a esta parte, a tinha transformado numa caricatura cantante de si mesma, numa espécie de espectáculo circense. Katy Barqué , tal como outras pessoas que Conde conhecia, nunca desceria do cavalo, seria necessário tirá-la da montada ou resignar-se a vê-la morrer, calamitosamente com as rédeas na mão, sem deixar herdeiros e desempenhando o pior dos papéis no teatro da vida: o do ridículo.(...)»A Neblina do Passado, Leonardo Padura
Uma pérola! Cheio de talento!
quarta-feira, outubro 08, 2008
ACABEI ESTE LIVRO... ADOREI...
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