segunda-feira, maio 28, 2007

Sangue...


A minha irmãzinha de sangue [digo de "sangue" porque exprime bem essa ideia de carnalidade, de pertence] foi hoje maltratada e ameaçada no quadro da profissão dela.

qual é a profissão dela?

Fotojornalista...

Por quem?

Por um arguido... vem acusado de violação de uma menor...

Porquê? [se há alguma razão para ser mal-educado, bruto, e nojento]

Porque ele não queria ser fotografado.


É inacreditável, mas percebo as pulsões de certos homicidas (em crimes passionais)

Sou capaz de ser a pessoa mais mansinha quando me agridem (não é sempre...), ou reagir pouco, engolir sapos, ouvir e calar... Sou o que se chama uma pessoa pacífica.

Agora quando se toca ao dito "sangue", séculos de civilização ficam reduzidos ao puro instinto cego e animal, num milésimo de segundo. Imagino as piores ofensas, pancadas, ou torturas. Digo e repito: prefiro ser o alvo, em ter que aturar a simples ideia da minha irmã a passar por isso.

Penso que todos nós temos essa pulsão, bem no fundo, um pouco enterrada, ou adormecida, mas que só precisa de um toquezinho, e vem tudo ao cima, desproporcionadamente, irreversivelmente e irrazoavelmente.

Afinal, não passamos de simples animais (que diferença faz sermos racionais ou não?)

4 comentários:

Eira-Velha disse...

Cuidado com a navalha!
Como se diz na minha terra, quem brinca com o fogo faz xixi na cama...
Os meus respeitosos cumprimentos

Anónimo disse...

Como eu t entendo, eu também sou assim em relação à minha irmã e ao meu irmão, deve ser instinto de protecção de irmas mais velhas ;) bjito

MF disse...

:(
merci chouk chouk. eu sei que me ajudavas a dar lhe um enxerto de porrada!
ha dias assim...

MF disse...

mas não é só num sentido! a relação é mutua!