Raiva...

Hoje é o meu dia de raiva...intensa... inesperada.
Apetece-me bater num punching-ball... sim, como nos filmes.
Nem sei se vou conseguir dormir, com tanta adrenalina no sangue.
A raiva cortou-me o apetite.
Apetece-me gritar, insultar,barafustar.
Porquê que a raiva decidiu visitar-me hoje, que até acordei tão bem disposta?... ... ...
Por onde começar?
1. Uns putos do tipo problemático, a rir-se e a gozar de mim porque tinha despejado o lixo em frente às salas (e à minha também) de trabalho do prédio. Confrontei-o: " O quê? pensas que és mais do que nos?". Resposta: " sim, certamente que sou mais do que vocês depois de ir falar com o Conselho directivo da vossa escola, seu borbulhento de merda"...
2. Uma constituinte minha que pensa que DEVO estar à espera dela a vida toda. Marquei ao 12h (PORQUE DAVA-LHE MAIS JEITO), chegou ao 12h35... Quando a confrontei (estava com muita pressa), respondeu-me que só era "meio-dia e tal"...

3. Notícias do nosso palerma de Ministro da Justiça, através do site da Ordem dos Advogados: "Foram ontem tornadas públicas algumas declarações, proferidas pelo Sr. Ministro da Justiça, relativas ao sistema de acesso ao direito. No essencial, e sem a preocupação de reproduzir “ipsis verbis” o que foi dito, o Sr. Ministro referiu o seguinte. Que o erário público, o dinheiro dos impostos dos portugueses, não pode suportar defesas que não são decentes. Que muitas das defesas, efectuadas no quadro do sistema de acesso ao direito, são feitas com frases. Que, crê-se que por isso, irá reduzir de 50 milhões para 25 (mais tarde 24 ou 23) milhões de euros, as verbas destinadas à remuneração dos advogados, nomeados no quadro do vulgarmente designado sistema de apoio judiciário. Ao longo do dia, e através de vários meios de comunicação social, tive ocasião de responder a estas infelizes e lamentáveis declarações, impregnadas, além do mais, de uma profunda deselegância para com os advogados portugueses. Creio que todos terão tido acesso ao teor dessa resposta, que me vou abster de reproduzir(...)" Rogério Alves, Bastonário da Ordem dos Advogados.

Ter de aturar isso, não está para nada. Esse gajo (para não ser mal-criada) merecia ser processado, e digo mais, devia apresentar demissão. Nem faz a mínima ideia do que a vida de um advogado nessas famosas oficiosas é... e mais: O Sr. Ministro da Justiça deve-me até hoje mais ou menos 400 contos, para falar em moeda antiga, e vai continuar a dever pelo o que ele chama de "frases". Eu gostava que ele deixasse de pagar aos juizes e secretários judiciais com o mesmo fundamento. Alias, já disse e estou farta de dizer: gostava que os advogados em Portugal se mobilisassem e deixassem de assistir no Apoio judiciário e nas escalas de serviço durante uma semana, só para ver o caos reinar, e assim talvez o Sr. Ministro da Justiça deixava de proferir "frases" infelizes.